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Bate Papo com a professora da Unesp de Rio Preto Marta Kfouri

 

Em sua opinião, quais são as características de um bom professor de língua estrangeira? Ele deve ser nativo? Deve seguir à risca uma metodologia para alcançar bons resultados? E o ensino no Brasil, quais são os investimentos necessários?

Para responder a essas perguntas, conversamos com a Doutora em Estudos Linguísticos Marta Kfouri, que também é subcoordenadora do curso de Licenciatura em Letras da Unesp de Rio Preto. Confia:

1) Em sua opinião, de que maneira a metodologia usada pelo professor de língua estrangeira pode influenciar o aprendizado do aluno?

A metodologia do professor constitui um aspecto essencial no sucesso da aprendizagem de uma língua pelo aluno, embora não seja o único. Por meio de estratégias metodológicas adequadas, o professor pode aumentar a motivação do aprendiz, promover sua maior participação individual ou em grupo, oferecer-lhe oportunidades de buscar autonomia e de expor opiniões e dúvidas, levando-o a situações mais propícias ao uso competente da língua estrangeira que está aprendendo ou aperfeiçoando.

2) Com a tecnologia, o ensino de língua estrangeira ganhou várias facilidades. Você poderia citar alguns exemplos, explicando quais são as suas principais vantagens?

Uma das maiores vantagens da tecnologia aliada ao ensino/aprendizagem de línguas é, sem dúvida, a acessibilidade a formas e contextos que privilegiam a comunicação, seja esta oral, escrita ou visual. Com a mediação do computador, a ideia de que um aluno deve aprender línguas pensando no futuro ou do uso que fará dessa língua no futuro deixa de existir, à medida que a aprendizagem se torna algo muito mais próximo, rápido e barato. As chances de conhecer mais de uma língua estrangeira e suas nuances culturais são muito mais amplas. Tanto o professor quanto o aluno saem ganhando com o uso criativo e apropriado da tecnologia no ensino/aprendizagem de línguas.

3) Atualmente, como o ensino de línguas estrangeiras poderia se fortalecer no Brasil?

O ensino de língua estrangeira no Brasil precisa, primeiramente, de um bom investimento na formação inicial e continuada de professores de línguas. Formar professores de línguas adequadamente e dar-lhes condições para que invistam em sua carreira, em sua educação continuada, são ações fundamentais no Brasil.

4) Há quem diga que ter um professor de língua estrangeira nativo é um diferencial no aprendizado, mas também há estudiosos que dizem o contrário. Qual o seu ponto de vista em relação a isso?

Atualmente, a questão do professor nativo e não-nativo já não tem grande relevância nas discussões sobre ensino/aprendizagem de línguas ou de formação de professores de línguas. Ao contrário disso, é necessário valorizar a licenciatura, a formação do professor, o profissional professor de línguas para garantir um bom ensino de língua estrangeira.

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